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Conheça os perigos da Hemoparasitose.

Atualizado: 14 de set. de 2023

Assim como humanos, os animais domésticos e silvestres estão muito susceptíveis a contaminação por hemoparasitas. Estes parasitas são transmitidos através de vetores como mosquitos, pulgas ou carrapatos, e habitam as células sanguíneas, destruindo-as e causando anemias e distúrbios hematológicos.


ciclo de reprodução do carrapato


Entre cães e gatos, as hemoparasitoses mais comuns são Ehrlichiose, Anaplasmose e Babesiose. As duas primeiras são causadas por bactérias da família Rickettsiaceae, que são inoculadas no animal através da picada de carrapatos contaminados pela bactéria. Por outro lado, a Babesiose é causada pelos protozoários do gênero Babesia e é transmitida da mesma maneira. Estudos mostram que o carrapato da espécie Rhipicephalus sanguineus, comum no Brasil, é o maior responsável pela transmissão destes patógenos.


A partir do momento em que o carrapato pica a pele do cão, é necessário um contato de no mínimo três dias para que ocorra a transmissão completa dos hemoparasitas para o animal. A partir desse momento, com o animal infectado, as bactérias e protozoários passam a habitar o interior de células sanguíneas como hemácias, leucócitos e plaquetas. Sendo assim, essas células não conseguem realizar suas funções normalmente. Desta forma, iniciam-se os distúrbios hematológicos, tais como anemias, sangramentos, má absorção de nutrientes entre outros. Os principais sinais clínicos são: febre, perda de apetite, dor abdominal e apatia.


A prevenção contra ectoparasitas é sempre a melhor forma de evitar que seu animal se contamine. Porém, muitas vezes a contaminação é inevitável. Quando isto acontece, aos primeiros sintomas, é essencial fazer uma abordagem diagnóstica abrangente, para definir qual o agente etiológico. Para isso, o médico veterinário é o profissional habilitado e capacitado para escolher as melhores opções de diagnóstico laboratorial. A detecção dos agentes com a utilização de análises moleculares e sorológicos auxiliam o diagnóstico diferencial das hemoparasitoses. A intervenção clínica, associado aos exames laboratoriais, auxiliam a diagnosticar as diferentes hemoparasitoses e inclusive determinar o curso da doença.


Assim sendo, é importante se manter atento aos primeiros sinais clínicos e sintomas para, o quanto antes, definir o protocolo de diagnóstico e tratamento contra os perigos da hemoparasitose.

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